segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BECO DO RATO - O QUE SOBROU DA LAPA

Programa: Botequim

Quando: Quintas e Sextas preferencialmente
 
Público: Famílias, casais, amigos e gringos ocasionais

Transporte: Taxi e ônibus

Custo: Uma noite com algumas cervejas, petisco e cachacinha sai por pouco mais de R$ 60,00 por pessoa
 
Endereço: Mapa

Grande parte dos cariocas trabalha no Centro da cidade,sendo assim, em uma irremediável necessidade de beber uma cerveja e bater papo, sempre surge alguém que diz: "Vamo" pra Lapa?

Acontece que a Lapa hoje em dia vive muito mais para o turista e visitante ocasional do que pro boêmio constante. Além dos preços altos, a experiência não é lá muito despojada.
Alguns poucos lugares ainda preservam sua tradição e escaparam de virar uma paródia (pra gringo e mané) do botequim carioca. Um destes lugares é o Beco do Rato.
O bar não é antigo como o Bar Brasil, iniciou em 2005, mas mantém a estética de botequim suburbano e uma atmosfera que, pode não ser lá erudita, mas é incontestavelmente autêntica.

Marcio Pacheco e sua esposa comandam a casa pessoalmente. Por ali já passaram nomes como Toninho Geraes, Beth Carvalho e Walter Alfaiate. Sinal que a casa é de bamba.
O pagode acontece em mesas dispostas entre as mesas dos demais clientes, gerando aquela proximidade que só as rodas mais genuínas permitem. Os ritmos variam durante a semana (site no fim do post), de samba a chorinho, e também o público. 
Durante a semana os bebedores costumazes, não é raro topar com as mesmas pessoas por lá durante todo mês, e na sexta o pessoal mais jovem acompanhado por um ou outro grupo de turistas (afinal, é a Lapa).

Chegando cedo (lá pelas 6, 7) você pega uma mesa e o couvert acaba caducando. Chegando mais tarde o valor não machuca tanto, R$ 10,00 com exceção dos dias com shows especiais.
A cerveja sempre gelada é servida por um preço mais justo que os bares chiques do bairro, os petiscos são os tradicionais de botequim e também trazem preços mais justos e porções mais fartas. Não espere bolinho de rabada com redução de cachaça, lá a coisa é pastel de angu (tradicional de Minas), linguiça e caldinho de mocotó.


A localização do bar não é lá das melhores, fica num beco distante dos arcos, mas durante anos frequentando o bar nunca vi um incidente que colocasse em cheque a segurança. Sem contar que estacionar por ali acaba sendo bem mais fácil por estar fora da muvuca.
O bar começa a encher depois das 22:00 mas o atendimento se mantém rápido, a casa aceita cartões e na hora de fechar a dolorosa não espere encontrar filas. 

Enfim, resta reforçar que o beco é claramente uma resistência a um visível processo que transforma bares em meras filiais. Você não deve encontrar por lá os jovens descolados do Belmonte mas de certo vai encontrar uma bagunça autêntica, um garçom amigo e um São Jorge enorme a olhar pelos boêmios que fazem por merecer.

Site: http://www.becodorato.com.br/

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